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Memórias: Wangari Maathai

No dia 25 de setembro de 2011, morreu Wangari Maathai. Foi uma bióloga e ativista queniana. Maatha foi a primeira mulher africana a receber o Prémio Nobel da Paz. Por António José André.

Wangari Maathai nasceu a 1 de abril de 1940, em Ihithe (distrito de Nyeri), então colónia britânica. Em 1956, concluíu a Escola Primária e entrou na Loreto High School, em Limuru (Quénia).

Em 1959, Maathai findou o Ensino Secundário. Em 1969, recebeu uma bolsa da Fundação Joseph P. Kennedy Jr. e foi estudar para os Estados Unidos. Em 1964, obteve o bacharelato em Biologia, no Mount St Scholastica College, em Atchison (Kansas).

Em 1966, Maathai obteve o título de Mestre em Ciências, na Universidade de Pittsburgh. Posteriormente, foi trabalhar como pesquisadora em Medicina Veterinária, em Munique e Giessen (Alemanha).

Maathai regressou ao Quénia. Em 1971, doutorou-se em Medicina Veterinária na Universidade de Nairobi. Depois, foi professora e responsável do Departamento de Anatomia Veterinária da Universidade de Nairobi.

Maathai manteve a sua atividade profissional a par da preocupação pelas condições extremas de pobreza em que viviam milhares de mulheres quenianas. Desde 1976, foi ativista no Conselho Nacional de Mulheres do Quénia, vindo a presidi-lo, entre 1981 e 1987.

Sob o lema "não podemos ficar sentadas a ver morrer de fome os nossos filhos", ajudou a criar o "Green Belt Movement" com o objetivo de plantar árvores para impedir a erosão dos solos, fornecer sombras e criar uma fonte de abastecimento de madeira para melhorar as condições de vida das populações. 

Esse projeto era destinado e protagonizado maioritariamente por mulheres. Em 1986, o "Green Belt Movement" ampliou-se a mais de 30 países africanos. Até hoje, o movimento plantou mais de 15 milhões de árvores e gerou rendimento para 80 mil pessoas.

Maathai foi ativista contra o regime ditatorial de Daniel Arap Moi. Em 2002, foi eleita deputada no Parlamento do Quénia.

Em 2003, Maathai foi nomeada Ministra do Ambiente, Recursos Naturais e Vida Selvagem. Em 2004, fundou o Partido Verde do Quénia. Em 2004, recebeu o Prémio Nobel da Paz, sendo a primeira mulher africana a receber esse prémio. Em 2005, foi eleita Presidente do Conselho Económico, Social e Cultural da U.A, (União Africana).