Cristoph Probst nasceu, no dia 6 de novembro de 1919, em Murnau (Alemanha). Foi membro do movimento de não-violência "Rosa Branca", que resistiu ao nazismo durante o Terceiro Reich. Por António José André.
Cristoph Probst era de uma família ligada ao comércio e sem dificuldades económicas. O seu pai era especialista em sânscrito e relacionava-se com artistas que depois foram considerados "decadentes" pelo regime nazi.
Depois de frequentar escolas do enisno básico e secundário que não reproduziam as ideias nazis, Cristoph Probst foi estudar Medicina, na Universidade Ludwig Maximilian (Munique).
Nessa altura, Cristoph Probst conheceu os irmãos School (Sophie e Hans), Alexander Schmorell e outros estudantes que faziam parte do grupo de resistência anti-nazi: "Rosa Branca".
Probst não participou na redação dos panfletos do movimento "Rosa Branca", mas fez um desenho para o sétimo panfleto. Esse desenho estava entre os panfletos que Hans e Sophie levaram para a Universidade.
No dia 18 de fevereiro de 1943, foram descobertos e presos pela Gestapo. No dia 22 de fevereiro de 1943, foram condenados pelo juiz Roland Freisler do Tribunal Popular nazi e executados por guilhotina, na Prisão Stadelheim
Rosa Branca: movimento de não-violência
É quase comum dizer que o regime nazi se solidificou na Alemanha de Hitler sem encontrar oposição significativa. Mas há exemplos de pessoas que tiveram coragem para fazer frente a um dos regimes mais bárbaros da história.
É o caso do movimento de não-violência conhecido como "Rosa Branca". De inspiração católica, este movimento de resistência anti-nazi era composto por alunos da Universidade de Munique e do seu professor de Filosofia.
A campanha do movimento "Rosa Branca", desenrolou-se entre 1942 e 1943, consistindo, entre outras coisas, na distribuição de planfletos expondo as suas ideias contra o Terceiro Reich.
Os membros centrais do grupo eram Sophie Scholl, Hans Scholl e Christoph Probst. Capturados pela Gestapo após Sophie ter sido encontrada com panfletos, foram todos decapitados, no dia 22 de Janeiro de 1943.
Contudo, a sua mensagem não morreu e atravessou fronteiras. Em ataques posteriores dos aviões das forças aliadas, milhões de panfletos que tinham chegado ao Reino Unido, foram lançados pela Alemanha.
Os seus textos citavam autores bastante conhecidos (Aristóteles, Schiller, Novalis e Goethe) e passagens da Bíblia. A primeira carta do movimento denunciava os "crimes horríveis" do regime nazi que lançariam um véu de profunda vergonha sobre todos os alemães.
Pela defesa dos seus ideais, arriscando a vida num dos períodos mais negros da humanidade, os membros do movimento "Rosa Branca" são considerados hoje em dia como herois e ícones da luta contra os crimes hediondos que nenhum deles queria tolerar.
Veja também aqui um excerto do filme "Sophie Scholl - The Final Days":
https://www.youtube.com/watch?v=XM5A4ETW_Io