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Memórias: Arthur Adamov

No dia 15 de março de 1970, morreu Arthur Adamov. Foi um dramaturgo e um dos principais expoentes do Teatro do Absurdo. Por António José André.

Adamov nasceu a 23 de agosto de 1908, em Kislovodsk (Rússia),  numa família rica da Armênia. Em comum com muitos ricos da época, foi educado em francês.

A família perdeu a riqueza, em 1917, e deixou o país. Adamov  estudou na Suiça e Alemanha. Em 1924, foi para Paris, onde conheceu Antonin Artaud e os surrealistas. 

Participou em atos políticos e editou o jornal "Discontinuité". Pela sua oposição ao governo de Vichy foi preso. Adamov começou a escrever peças, depois da IIª Guerra Mundial. 

De 1946 a 1955, Adamov desenvolveu temas a que os críticos chamaram de Novo Teatro da Incomunicação ou Teatro do Absurdo.

Adamov tornou-se expoente do drama de vanguarda, expressando nos seus textos o mal-estar do indivíduo face às estruturas impostas pela sociedade. 

Entre as suas obras, encontram-se: "A Invasão" (1950), "A Grande e a Pequena Manobra" (1950), "A Paródia" (1952), "Todos Contra Todos" (1953), "Ping-Pong" (1955) e "Santa Europa" (1965).

Em 1964, Adamov viajou pelos Estados Unidos e deu palestras sobre Gustave Flaubert, Paul Valéry e o teatro moderno.  Aproveitou a oportunidade para participar das manifestações contra a Guerra do Vietname.