Hoje na história: no dia 16 de novembro de 1949, morreu António Aleixo. Foi um poeta popular português. Famoso pela sua ironia e pela crítica social, é recordado por ter sido simples, humilde e ter deixado uma obra poética singular. Por António José André.
António Aleixo nasceu a 18 de fevereiro de 1899, em Vila Real de Santo António. Começou a frequentar a Escola Primária, em 1907. Revelou o seu talento de improvisador, quando tinha dez anos de idade.
Entre 1912 e 1919, foi aprendiz de tecelão e pastor de rebanhos. Entre 1919 e 1921, esteve no serviço militar. Em 1924, alistou-se na polícia. Entre 1928 e 1930, esteve em França e foi servente de pedreiro.
António Aleixo regressou a Portugal. Entre 1931 e 1933, foi vendedor de gravatas, cauteleiro e cantor nas feiras portuguesas, atividades que lhe renderiam a alcunha de "poeta-cauteleiro".
Em 1943, foi internado no Sanatório dos Covões (Coimbra), por causa de uma tuberculose. Em Coimbra, conheceu novos amigos, que reconheceram o seu talento: Armando Gonçalves e Miguel Torga.
António Aleixo faleceu, no dia 16 de novembro de 1949, com 65 anos, em Loulé, após uma vida recheada de pobreza, mudanças de emprego, emigração e tragédias familiares e doenças,
Famoso pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos, é recordado por ter sido simples, humilde e ter deixado como legado uma obra poética singular.
António Aleixo deixou a seguinte obra escrita: "Quando Começou a Cantar", “Este livro que vos deixo”, “O Auto do Curandeiro”, “O Auto da Vida e da Morte”, “O Auto do Ti Jaquim” e “Inéditos”.
Em sua homenagem, foi construído um monumento, em Loulé, em frente ao “Café Calcinha”. Existe também a “Fundação António Aleixo”, que atribui bolsas de estudo aos mais carenciados.