O Bloco de Esquerda da Lousã sempre apoiou a construção da Escola Básica 1,2,3, mas questionou a escolha do terreno, longe da sede do concelho, denunciando ainda as vicissitudes do processo.
O novo equipamento está prestes a abrir, após anos de atraso e muitas promessas. A segurança e os transportes devem merecer atenção redobrada das entidades com responsabilidade direta nesta área, em especial da Câmara Municipal.
Aliás, tendo sido o executivo, então presidido por Fernando Carvalho, a comprar o terreno a um proprietário em concreto, amigo do PS, por meio milhão de euros, a Câmara tem acrescido dever, político e moral, de minimizar os grandes problemas resultantes dessa escolha, ao impor um ermo para implantar uma escola que devia estar próxima da comunidade, mas não está.
A mesma Câmara – e a mesma maioria – que, em 2005, quis favorecer um privado (na altura, curiosamente, também dono do terreno depois comprado para acolher a Escola 1,2,3, disponibilizando-se a viabilizar uma grande superfície (ex-Modelo) no centro urbano da Lousã, numa zona de habitação e serviços, atirou este importante complexo educativo e o novo Centro de Saúde para um deserto, criando uma centralidade sem qualquer articulação com a vila, designadamente ao nível dos transportes públicos, que não existem.
A uma medida tão cruel, como o encerramento de oito escolas (Mercado, Freixo, Levegadas, Vilarinho, Gândaras, Foz de Arouce, Ponte Velha e Casal de Ermio) não deveria corresponder, pelo menos, uma solução mais ponderada?
O BE entende que a Câmara da Lousã não pode agora falhar na resolução dos problemas de segurança e mobilidade que, escusadamente, criou aos alunos e seus familiares.