No dia 20 de outubro (sábado), realiza-se o Encontro Nacional de Professores do Bloco de Esquerda em Lisboa. Vê aqui o texto da convocatória e o programa deste Encontro.
O Encontro terá lugar no Hotel Holiday Inn - Continental (Rua Laura Alves 9, 1069-169 Lisboa)
Programa:
Ordem de Trabalhos:
11h Abertura (Francisco Louçã)
1. O ataque à Escola Pública
Alterações curriculares
Avaliação e exames
Aumento do número de alunos por turma
Os "giga-agrupamentos" de escolas
O ensino "dual"
Currículos vs metas de aprendizagem
A escola de "disciplinas nucleares" ou o memorando da troika na Educação?
Resistência(s) à reconfiguração da escola pública em Portugal
13h - Almoço
14h30
2. Professores, precariedade e desemprego
A luta dos professores - movimentos e sindicatos.
3. Organização dos professores no BE
17h30 Sessão de encerramento (Ana Drago)
Texto da convocatória:
Camarada,
No próximo dia 20 (sábado) vamos realizar um Encontro Nacional de Professores do Bloco de Esquerda. Vai ser no Hotel Holiday Inn - Continental (na Rua Laura Alves nº 9, nas traseiras do edifício que já foi da RTP, na 5 de Outubro), em Lisboa. Começa às 11h e terminará por volta das 18h 30. Contará com uma intervenção inicial do Francisco Louçã e encerrará com a Ana Drago.
Queremos pensar o ativismo em defesa da escola pública e a resistência à degradação da profissão docente. À precariedade sucede-se agora o desemprego. Tínhamos dito que eram duas faces da mesma moeda. Aí está, em força, a outra face.
O desemprego atinge hoje os e as docentes como nunca no pós - 25 de abril. Fomos mesmo o grupo em que o desemprego mais cresceu este ano. Foram contratados menos 10 000 docentes que o ano passado e à medida que o ano escolar for avançando este número crescerá. O governo anunciou que 50% dos funcionários públicos com contrato a prazo serão despedidos (ou em versão eufemística "não verão os seus contratos renovados"). Muitos destes serão docentes e outros trabalhadores das escolas.
Ao mesmo tempo aumentaram os horários de trabalho, o número de alunos por turma, encerraram escolas, (do 1º ciclo - já vão nas 3500, isto é, metade das que existiam há somente 5 anos atrás), encerraram cursos e ofertas formativas da escola pública, alteraram os currículos, criaram giga-agrupamentos. Tudo para despedirem professores e professoras. Tudo acompanhado de uma enorme ofensiva ideológica que coloca as e os docentes como despesa pública que é necessário cortar.
Tal como todos os trabalhadores da administração pública vimos os subsídios serem roubados, os salários diminuídos a lei não ser cumprida (como na recusa de pagamento da compensação por caducidade do contrato). Muitos professores dos quadros foram atirados para situações de horário zero, antecâmara de mobilidades forçadas e desemprego. Muitos com mais de 30 anos de serviço.
Estes violentíssimos ataques à escola pública e aos professores (que fazem este pouco mais de um ano de governo PSD/CDS parecer uma eternidade) não podem ficar sem resposta.
Como muitos outros trabalhadores temos estado na luta. Fizemos do mês de setembro um mês de lutas memoráveis. A 15, a 21, a 29, e em vários outros dias, em todo o país. Continuaremos, certamente, a lutar. Agora com a greve geral ibérica no horizonte, a 14 de novembro.
Contamos contigo.
A Coordenadora Nacional do Trabalho do BE ´
Nota: Brevemente receberás um documento base e uma proposta de resolução a ser discutida e votada no final do encontro.