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"Em 2017, temos obrigação de fazer melhor", afirmou Marisa Matias

Marisa Matias fez, em Coimbra, o comentário em nome do Bloco à mensagem oficial de Natal de António Costa. "2016 provou que poderia ser melhor do que os anos anteriores, e isso ficou claro", começou por afirmar. "Recuperaram-se mais 100 mil postos de trabalho, houve reposição de rendimentos", prosseguiu. Em relação ao défice, Marisa afirmou que "este governo fez o que o governo de direita não foi capaz de fazer em quatro anos", No entanto, "estando contentes, não estamos satisfeitos. Em 2017, temos a obrigação de fazer melhor que em 2016".

António Costa enfatizou, na sua declaração, educação e o combate à pobreza. Marisa comentou que os feitos já alcançados, nomeadamente em defesa da escola pública com a cessação dos contratos de associação e a gratuitidade dos manuais escolares. No entanto, destaca a dirigente bloquista, "é preciso investimento, e nós gastamos mais dinheiro em juros da dívida do que gastamos em educação".

A eurodeputada exigiu ainda investimento na cultura, área em que, desde que o novo governo assumiu funções, "quase nada foi feito" e na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O "SNS é um dos garantes da nossa democracia e temos um verdadeiro cancro, que é o das Parcerias Público Privadas", o empenho na defesa do SNS "deve ser também demonstrado pelo Primeiro Ministro", afirmou Marisa Matias.

Por último, Marisa referiu um dos temas a que António Costa deu destaque, a precariedade. A dirigente do Bloco exigiu que o compromisso assumido pelo Primeiro Ministro se traduza em ações concretas e "não apenas assumir esses compromissos de forma escrita ou falada, porque há milhões de trabalhadores em Portugal que sabem perfeitamente que não podem exigir menos do governo do que o combate à precariedade, seja no setor público, seja no privado". Na defesa dos direitos dos trabalhadores, Marisa reforçou ainda a necessidade de "restituir a contratação coletiva, que foi desmantelada pelo governo anterior e é a melhor forma de defender os trabalhadores".