Share |

Memórias: Kwame Nkrumah

Kwame Nkrumah foi um grande divulgador do pan-africanismo e lutou contra a “balcanização” de África, como estratégia imperialista da dominação sobre o continente. Por António José André.

Kwame Nkrumah estudou em escolas católicas, no Gana. Em 1935, foi para os Estados Unidos, onde se diplomou em arte, teologia, filosofia e educação. Com um percurso académico notável, desdobrou-se em palestras na Universidade Lincoln.

Nessa altura, Nkrumah foi eleito presidente da Organização dos Estudantes Africanos dos Estados Unidos e Canadá. Em 1945, ajudou a organizar o VIº Congresso Pan-Africano, em Manchester (Inglaterra).

Depois, Nkrumah começou a trabalhar para a descolonização de África. Em 1957, quando ocorreu a independência do Gana, foi Primeiro-Ministro até 1960 e depois Presidente da República até 1966.

Em 1966, houve um golpe de estado militar no Gana, enquanto Nkrumah se encontrava numa visita a Hanói (Vietname). Nkrumah não voltou para o Gana, mas continuou a impulsionar a sua visão sobre a unidade africana.

Viveu exilado na Guiné-Conacri, como convidado do Presidente Ahmed Sekou Touré. Nkrumah foi autor de vários livros: “Africa Must Unite” (1963), “African Personality” (1963), “Consciencism” (1964), “Neo-Colonialism, the Last Stage of Imperialism” (1965), “Handbook for Revolutionary Warfare” (1968) e “Class Struggle in Africa” (1970).

Ao longo da vida, Nkrumah foi premiado com vários títulos de “Honoris Causa” pela Universidade Lincoln (EUA), pela Universidade Estatal de Moscovo (Rússia), pela Universidade do Cairo (Egito) e pela Universidade Humboldt de Berlim (Alemanha).

Nkrumah faleceu, em 1972, tendo sido sepultado na vila onde nasceu: Ncroful. O nome de Kwame Nkrumah está no coração do pensamento Pan-Africano..