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Manifesto junta personalidades pelo direito a morrer com dignidade

O manifesto foi dinamizado por António Pedro Vasconcelos, Isabel Ruivo, João Ribeiro Santos, João Semedo, Laura Ferreira dos Santos, Lucília Galha e Tatiana Marques, organizadores do movimento Direito a Morrer com Dignidade, e conta com o apoio de figuras da política, como os recentes candidatos presidenciais Sampaio da Nóvoa e Marisa Matias, os ex-dirigentes social-democratas Rui Rio e Pacheco Pereira, parlamentares socialistas como Isabel Moreira, Alexandre Quintanilha, Helena Roseta ou Ana Gomes.

Também subscrevem personalidades da área da medicina e ciência, como Sobrinho Simões, Constantino Sakellarides, Francisco George, Jaime Teixeira Mendes, João Ribeiro Santos, Jose A. Carvalho Teixeira, José Gameiro, José Manuel Boavida, Machado Caetano, Mamede Carvalho ou Rosalvo de Almeida. Entre os subscritores ligados ao meio cultural encontram-se Aldina Duarte, Fausto, Capicua, Ana Zanatti, Clara Ferreira Alves, Cláudio Torres, Olga Roriz, Jorge Palma, Maria Teresa Horta, Richard Zimler, Sérgio Godinho e Pilar del Rio.

O manifesto defende que o Estado laico “deve libertar a lei de normas alicerçadas em fundamentos confessionais” e permitir a possibilidade de, a pedido do próprio, “antecipar ou abreviar a morte de doentes em grande sofrimento e sem esperança de cura”. Se o direito à vida está consagrado nas leis da República, então “o direito a morrer em paz e de acordo com os critérios de dignidade que cada um construiu ao longo da sua vida, também tem de o ser”, defendem os subscritores.

Os 100 primeiros signatários deste manifesto pelo direito a morrer com dignidade consideram a morte assistida “um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado”, e que “não entra em  conflito nem exclui” o acesso a cuidados paliativos.