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Ponte pedonal entre as duas margens

Fazem falta mais ligações de mobilidade suave entre as duas margens, através de vias pedonais e cicláveis. A própria Ponte Edgar Cardoso deveria estar adaptada à mobilidade suave com vias e sinalização adequadas, sendo atualmente uma ponte em que é perigoso circular de bicicleta e com poucas condições para ser atravessada a pé, onde a exposição aos elementos, ao vento e à chuva, podem tornar o percurso muito penoso. 

Uma das ligações poderia ser uma solução para resolver o atual “gueto” do Cabedelo, um autêntico beco sem saída do ponto de vista da circulação. Mais, a ciclovia atlântica Eurovelo poderia ser o pretexto para resolver a circulação neste espaço. 

A Eurovelo é compatível com todas as formas de mobilidade suave incluindo também atravessamentos fluviais ou marítimos através de outros modos de transporte mais amigos do ambiente que permitam transporte de bicicletas. Poderia assim abrir uma via importante para a circulação num espaço que tem ganho vida e interesse nos últimos anos. 

A solução proposta pelo Arquiteto Miguel Figueira de um teleférico entre as duas margens poderia ser uma alternativa interessante a uma ponte e que se enquadra com o espírito da Eurovelo. Obviamente que estas soluções teriam de ser coordenadas com a atividade portuária, em particular a cota do teleférico e a possibilidade de uma ponte levadiça compatível com circulação de embarcações.

Pubicado no Diario as Beiras - 31 de março de 2022