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A marginal da cidade deve ser requalificada?

Sim, mas não é uma intervenção prioritária para o concelho. De norte a sul, existem freguesias a necessitar de intervenções (passeios, estradas, mitigação de problemas ambientais, etc.) que me parecem muito mais relevantes do que andarmos sempre a imaginar qual vai ser a próxima grande obra em Buarcos ou em São Julião. Há mais Figueira para lá destas freguesias.

A intervir na marginal julgo que seria importante preparar a cidade para o século XXI, pensar que mobilidade e que serviços desejamos para responder aos desafios ambientais das próximas décadas. Para isso é necessário reunir especialistas, consultar cidadãos e comerciantes. É um processo que demora o seu tempo, por isso incompatível com ideias gizadas em cima do joelho para campanhas eleitorais ou para a pré-campanha das próximas presidenciais.

Sem entrar em detalhes, veria com bons olhos uma marginal muito mais favorável à mobilidade suave e encerrada ao trânsito automóvel (exceto veículos prioritários) nalgumas secções. Seria também interessante que comerciantes e habitantes pudessem apropriar-se do espaço de avenida existente, oferecendo mais área de esplanada, bem como espaços de lazer, de cultura e de desporto.

Não esquecendo que, se o bypass for implementado, como sugerido pelo Grupo de Trabalho do Litoral, um novo desenho da marginal terá de prever uma maior proximidade do mar, com tudo o que isso poderá implicar. 

Pubicado no Diario as Beiras - 22 de setembro de 2022