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Há 100 anos

Há cerca de 100 anos sucessivas declarações de guerra ocorridas, entre 28 de julho e 13 de agosto de 1914, viriam a opor os impérios Alemão e Austro-Húngaro contra a Sérvia, o Império Russo, a França e o Império Britânico. Guilherme II da Alemanha, Nicolau II da Rússia e Jorge V do Reino Unido, que eram primos, trocaram educados telegramas nesse final de mês de julho tentando evitar o pior.

No entanto a loucura nacionalista já se tinha instalado nas respetivas sociedades e as altas patentes militares tudo faziam para experimentar as novas armas e táticas. De ambos os lados os generais garantiam que esmagariam o adversário em apenas algumas semanas.

Dois dias antes do seu assassinato, Jean Jaurès, socialista e diretor do jornal L’Humanité, encontrava-se em Bruxelas num congresso da Internacional Socialista, apelando à união dos trabalhadores europeus contra a guerra. A 31 de julho, faz hoje 100 anos, Jaurès era assassinado no Café du Croissant, em Paris, pelo nacionalista Raoul Vilan.

A loucura nacionalista só seria derrotada após quatro anos de uma guerra de trincheiras infestadas de ratazanas que pouca glória trouxe aos beligerantes. António Gonçalves Curado, do regimento da Figueira da Foz, foi o primeiro português a morrer em combate, em 1917. 100 anos depois, o mínimo que se espera é que direita e esquerda que cultivam

nacionalismos vários aprendessem com a história