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Sempre a subir

Desde que escrevo esta crónica, em janeiro ou fevereiro, dou conta dos recordes de temperatura global do ano precedente. Este ano, a sina é a mesma, mas para pior. Já aqui tinha alertado no final do passado ano, que 2015 seria provavelmente o ano mais quente desde que se regista a temperatura global. Assim foi, e por larga margem.

Com um registo invulgar, onde à exceção de janeiro de 2007 e fevereiro de 1998, oito meses do ano de 2015 ocuparam a lista dos 10 meses mais quentes registados. Dezembro de 2015 encabeçava essa lista. Mas, eis que janeiro de 2016 destronou dezembro de 2015, e por boa margem. Recordo que a temperatura global está sujeita a oscilações. A este período de acentuado aquecimento, que apesar de tudo não é normal, pode seguir-se um período de temperaturas globais mais baixas. Mas, a tendência das últimas quatro décadas é de acentuada subida.

Saúdo a iniciativa realizada na passada semana no âmbito do projeto ClimAdaPT.Local. É de facto essencial atacar as alterações climáticas à escala local. Precisamos de ir muito mais além nas políticas ambientais municipais. No tempo do Miguel Portas, em conjunto com os Verdes Europeus, debatemos o Green New Deal: um plano de investimentos (como o New Deal) orientado para o combate às alterações climáticas e à promoção da sustentabilidade ambiental. É por estas vias que se deverão orientar as políticas centrais do século XXI.