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Dos Balcãs

Tive o privilégio de visitar várias das nações que constituíam a ex-Jugoslávia: Eslovénia, Croácia, Bósnia e Montenegro. É impressionante o contraste entre paisagens e culturas tão variadas. Entre a alta montanha da Eslovénia, a costa Croata bordejada de longas ilhas e penínsulas montanhosas, a Bósnia muçulmana, que também é croata católica e sérvia ortodoxa, e, finalmente, a magnífica Baía de Cátaro em Montenegro.

A Jugoslávia era, sem dúvida, um país excecionalmente rico e bonito, unido pela raiz eslava. As marcas da guerra ainda são visíveis e são suficientemente complexas para perceber que sou incapaz de julgar com solidez o fim da Jugoslávia. Para um completo estranho como eu, parece ter sido um extraordinário, diverso e interessante país.

A Dalmácia, a costa sul da Croácia, é herdeira das repúblicas marítimas de Veneza e de Ragusa (Dubrovnik). Essa cultura marítima é omnipresente, em Dubrovnik, sobretudo no turismo. Junto ao porto e à marina avistamos residentes e turistas a praticar todos os desportos marítimos que é possível praticar no Mediterrâneo, desde o mergulho de rochedos ao kitesurf; joga-se polo aquático e fazem-se percursos de barco e semi-submarino para todos os gostos. Nos restaurantes, o peixe e o marisco são os reis da mesa. Não resisti e questionei-me sobre o sucesso do passeio dos tristes e da restauração baseada na francesinha na Figueira.

Publicado no Diário As Beiras - 4 agosto de 2016