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Quantos médicos de família faltam na região Centro?

Os deputados do Bloco de Esquerda (BE), José Manuel Pureza e Moisés Ferreira, questionaram o Governo sobre a falta de médicos de Medicina Geral e Familiar na região Centro. Tendo como cenário de fundo a falta de médicos no país, onde se estima que mais de um milhão de utentes não têm médico de família, os deputados do BE baseiam-se também nas informações do presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, segundo o qual a região das Beiras tem com mais de 100 mil utentes sem médico de família. 

A população da região das Beiras é servida, no tocante aos cuidados de saúde primários, pelas unidades de saúde de proximidade que integram as unidades locais de saúde (ULS) de Castelo Branco e da Guarda, bem como os agrupamentos de centros de saúde (ACES) do Baixo Mondego, Baixo Vouga, Cova da Beira, Dão Lafões, Pinhal Interior Norte e Pinhal Litoral.

O BE considera “fundamental conhecer a extensão do problema da falta de médicos de família na região, bem como aferir quais as medidas que estão a ser tomadas para fazer face a esta situação, permitindo a efetivação do direito a que cada pessoa tenha um médico de família”, lê-se na pergunta endereçada ao Governo, através do Ministério da Saúde. 

Neste contexto, o grupo parlamentar do BE pergunta ao Governo, nomeadamente, “quantos médicos são necessários para que todos os utentes dos cuidados primários da ULS de Castelo Branco e da Guarda tenham médico de família” e que “medidas estão a ser desenvolvidas para fazer face esta situação”.

O BE questiona ainda, tendo em conta os utentes dos cuidados primários da ULS da Guarda e de Castelo Branco, qual deveria ser o quadro de pessoal – médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, entre outros – destas unidades e quantos profissionais têm atualmente as unidades de cuidados de saúde primários das duas ULS.

Quantos médicos serão necessários para que todos os utentes dos cuidados primários dos ACES do Baixo Mondego, Baixo Vouga, Cova da Beira, Dão Lafões, Pinhal Interior Norte e Pinhal Litoral tenham médico de família e qual o quadro de pessoal que deveriam ter estas unidades de cuidados de saúde primários destes ACES, pergunta ainda o BE. 

Finalmente, os deputados do BE questionam ainda “quantos trabalhadores exercem funções nos ACES do Baixo Mondego, Baixo Vouga, Cova da Beira, Dão Lafões, Pinhal Interior Norte e Pinhal Litoral através de contrato de emprego inserção (CEI) ou contrato de emprego inserção+ , e que funções desempenham, nas ULS da Guarda e de Castelo Branco.