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Montemor-o-Velho: Catarina Martins testemunhou a destruição de campos agrícolas

Catarina Martins e José Manuel Pureza estiveram, no dia 4 de novembro, em campos agrícolas de Montemor-o-Velho, onde testemunharam a destruição provocada pela tempestade Leslie.

“Já passou algum tempo desde a tempestade, mas há agora o problema das colheitas e infraestruturas que ficaram destruídas”, afirmou a coordenadora do Bloco, referindo-se também ao anúncio de uma linha de apoio por parte do governo na véspera desta visita.

Catarina Martins apelou por um lado a que “os apoios que estão pensados agora sejam eficazes e respondam a quem perdeu as colheitas”, e por outro a que “não sejam excessivamente burocratizados e que haja apoio à pessoas para fazerem as candidaturas”.

Para que isso aconteça, prosseguiu Catarina, “é importante que haja técnicos do Ministério da Agricultura no terreno”, não apenas neste concelho mas no conjunto do país, uma vez que “vivemos no tempo das alterações climáticas em que fenómenos como este vão repetir-se” e os agricultores têm de saber como proteger-se e prevenir estragos maiores.

Por outro lado, acrescentou a coordenadora do Bloco, há duas  propostas antigas que o partido tem levantado também em sede orçamental, como a do acesso por parte dos agricultores a linhas de financiamento bonificadas, dado que “muitos destes agricultores não têm sequer a informação básica, e para outros as condições praticadas pelas seguradoras são proibitivas”.

“A desgraça dos agricultores não pode ser uma fonte de rendimento para o sistema financeiro”, defendeu Catarina, e isso passa por alterar as regras dos seguros para a agricultura, em que “há uma parte de financiamento público mas são as seguradoras que controlam tanto os prémios como as coberturas”.

Esta prática dos últimos anos representa mesmo uma “transferência de apoios da UE para o sistema financeiro, através das seguradoras”, denunciou Catarina, defendendo em alternativa “seguros agrícolas com controlo público”, de forma a “garantir que o financiamento público que vai para as seguradoras serve a agricultura e quem nela trabalha e não para financiar mais o setor financeiro e das seguradoras”.