Share |

É urgente arrancar os eucaliptos que renasçam naturalmente

“Vamos trabalhar em conjunto com as associações, as autarquias e com o Governo no sentido de criar este programa de apoio ao arranque do eucalipto por regeneração natural”, anunciou à agência Lusa o deputado Pedro Soares no final de um dia de visitas e reuniões com autarcas, dirigentes associativos locais ligados à floresta e com a Quercus.

Depois de visitar o concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, e o Caramulo, no concelho de Tondela, distrito de Viseu, os deputados bloquistas Pedro Soares e Carlos Matias terminaram o dia numa reunião com responsáveis, em Nelas, para ouvirem os problemas que os incêndios de 15 de outubro de 2017 causaram.

“Todas as informações que nos deram é que se isto [arranque dos eucaliptos de regeneração natural] não for feito nos próximos seis meses, tudo é muito mais difícil, têm de começar a ser utilizados meios muito mais pesados, mais caros, mais difíceis, e portanto, até ao final do ano, e se possível até á entrada do próximo Orçamento do Estado, consigamos chegar a um acordo maioritário na Assembleia da República”, projetou Pedro Soares.

O representante da Quercus reforçou as preocupações explicando que “são novas sementes de eucaliptos que vão entrar em pinhais, muitos que arderam, alguns podem ter ficado afetados, mas vão crescer mais plantas no meio, ou seja, vai crescer a dificuldade de gerir e depois a prazo vai ter também problemas de rendimento para o proprietário”.

Pedro Soares acrescentou que “este programa de apoio ao arranque deve ter em paralelo o apoio à reflorestação”. “Há plantação de folhosas que não seja o eucalipto e o pinheiro para criar esta diversidade florestal que é fundamental que seja feita” em todo o país.