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Protesto Contra o Encerramento da Estação dos CTT da Praça

No dia 5 de fevereiro, a Coordenadora Concelhia de Coimbra do Bloco de Esquerda promoveu uma ação de Protesto contra o encerramento da Estação dos CTT da Praça da República, distribuindo um comunicado (em baixo), que foi distribuído à população.

NÃO AO ENCERRAMENTO DA ESTAÇÃO DOS CTT DA PRAÇA DA REPÚBLICA

A Coordenadora Concelhia de Coimbra do Bloco de Esquerda foi, a meio da passada semana, confrontada com a notícia de que os CTT preparam o encerramento da estação da Praça da República. A concretizar-se, será mais um golpe que aquela empresa desfere contra os/as cidadãos/ãs de Coimbra e contra os/as seus/suas trabalhadores/as. Desde 2014, e só no concelho de Coimbra, já foram encerrados os balcões de Ceira, Celas, Cernache, HUC, Mercado D. Pedro V, Santa Clara, Souselas e Universidade. Esta situação é fruto da decisão do governo do PSD/CDS, que, a mando da “troika”, privatizou a empresa, apesar desta dar lucro e ser sinónimo de qualidade, a nível nacional e internacional. Entregue a um conjunto de investidores financeiros (de onde se destacam a Goldman Sachs, o Deutsche Bank e a Unicredit), os CTT passaram a ter como objeto principal o negócio financeiro – através do Banco dos CTT -, em detrimento do serviço postal.

A qualidade deste caiu a pique, sendo os atrasos na distribuição de correio constantes: há correspondência nacional a demorar 15 dias úteis a chegar ao destino e correio registado a ser entregue 5 dias úteis após o envio.

Com a privatização, vieram, então, os encerramentos de balcões: só entre 2013 e 2016, foram encerrados mais de 130 e, no início deste ano, fecharam mais 22. Para além do manifesto prejuízo causado aos utentes (em especial, os mais idosos, que recorrem aos Correios para receber as suas magras reformas), acarretaram, igualmente, o despedimento de centenas de trabalhadores.

Simultaneamente, a estrutura acionista tem promovido um assalto milionário à empresa: em 2016, foram entregues 74 milhões de euros aos acionistas, apesar dos lucros serem só de 62 milhões. Há, ainda, um administrador que recebe um vencimento de 3000 euros por dia.

Entretanto, após encerrarem as estações, os CTT concessionam, em muitos casos, o serviço postal a Juntas de Freguesia, que passam a arcar com a esmagadora maioria dos custos (manutenção do edifício e pagamento aos funcionários, entre outros).

A Concelhia do Bloco de Esquerda de Coimbra repudia, veementemente, o encerramento de mais uma estação de Correios na cidade e no concelho. Chegou o momento de acionar a cláusula que permite trazer a empresa de volta à gestão pública. Só assim será possível parar esta degradação da oferta de serviços e reforçar a empresa com os trabalhadores de que necessita, para voltar a fazer dos CTT um exemplo internacional de prestação de um serviço postal de excelência.

Para o efeito, propomos:

⦁ Resgatar os CTT para a esfera pública;

⦁ Garantir Serviço Postal de Qualidade em todo o território nacional;

⦁ Pôr fim aos despedimentos e readmitir os trabalhadores despedidos;

⦁ Pôr fim ao encerramento de balcões e reabrir os balcões encerrados.

 

A ESTAÇÃO DOS CORREIOS DA PRAÇA DA REPÚBLICA NÃO PODE FECHAR!

    4 de fevereiro de 2018

  Coordenadora Concelhia