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Jantar 17 Anos do Bloco: "Mudar o que conta para o país"

No dia 17 de março,relaizou-se o JANTAR do 17º aniversário do Bloco de Esquerda (BE), em Coimbra. O evento, que se realizou no Jardim da Manga, contou com as presenças de Marisa Matias, José Manuel Pureza e nove dezenas de aderentes e simpatizantes do Bloco. Também houve música de intervenção ao vivo com Alexandre Barros (Macadame, etc.).

Na intervenção inicial, o deputado José Manuel Pureza lembrou, as lutas em que o BE esteve envolvido ao longo de 17 anos: “Lutámos contra o preconceito homofóbico, a precariedade, as guerras estúpidas do Iraque, da Líbia e da Síria”, disse, acrescentando: “estivemos na luta para as mulheres serem pessoas plenamente autodeterminadas e, mais recentemente, batemo-nos contra a austeridade como estratégia de transferência de rendimentos do trabalho para o capital. Lutámos contra as privatizações que privam o país de ter controle sobre os pilares estratégicos disto que é ser um país”. Pureza acentuou ainda que “o Bloco continuará a lutar pela escola pública, pelo Serviço Nacional de Saúde, pela Segurança Social Pública. A democracia ficou a ganhar com esta luta permanente do Bloco e hoje o desafio continua a ser o mesmo, porque ao fim de 17 anos podemos dizer que é outra vez tempo de ser exigente, que é tempo de começar de novo”.

Na sua intervenção, a eurodeputada Marisa Matias afirmou que o acordo para a viabilização do atual governo veio demonstrar que havia outra política e que, por essa razão, vivemos "tempos de esperança". “Nos últimos meses disseram que não haveria acordo de esquerda e houve, que Cavaco Silva nunca iria aceitar este governo e ele, embora tenha engolido um sapo, teve de o aceitar”, acrescentando: "disseram que a Comissão Europeia iria chumbar o Orçamento e que o Bloco e o PCP jamais votariam um Orçamento. Afinal temos acordo, Orçamento e muito caminho pela frente”. Para Marisa Matias é a primeira vez, em muitos anos, que há um Orçamento que “devolve direitos em vez os tirar e é por isso também que a direita anda tão atarantada”. Depois referiu que “Passos Coelho continua a comportar-se com se ainda fosse primeiro-ministro”. Para a eurodeputada, “há ainda muito caminho a fazer que não se esgota no Orçamento, um caminho de exigência porque terá de enfrentar as pressões europeias, as pressões da direita para desestabilizar a nova maioria."