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19 DEZ: Pureza visitou Centro de Saúde da Lousã

José Manuel Pureza, deputado do Bloco de Esquerda (BE), eleito pelo círculo eleitoral de Coimbra, visitou ontem o Centro de Saúde da Lousã, que alberga as Unidades de Saúde Familiar Serra (USF) da Lousã e USF/Trevim Sol, onde foi recebido pelo Coordenador da USF/Serra da Lousã, pelo Presidente do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte e pelo Vogal do Conselho Diretivo da ARS Centro, Dr. Mário Ruivo. 

Esta visita destinou-se a avaliar os danos decorrentes do incêndio registado na madrugada do passado dia 13 que levou ao encerramento temporário das duas USF, e a inteirar-se do plano de diligências tendente à reposição da normal atividade assistencial.

A USF/Serra da Lousã já se encontra em laboração plena, desde o dia 15, e a USF/Trevim Sol está provisoriamente alojada na extensão de saúde de Serpins ainda que em laboração reduzida.

O incêndio teve como origem o sistema de alimentação ininterrupta (UPS) do servidor do edifício, indevidamente instalado em armário com portas de madeira, um erro grosseiro tendo-se em vista o risco de sobreaquecimento e decorrente ignição, situação que já tinha sido objeto de alertas repetidos por parte dos elementos de coordenação da unidade de saúde.

Da visita de hoje realça-se, como facto positivo, a celeridade com que a ARS providenciou as medidas tendentes à reparação do edifício e à criação de condições para o reinício pleno das atividades assistenciais.

Como factos negativos não podem deixar de destacar-se:

⦁ a não correção antecipada, por parte da ARS e dos seus serviços técnicos, da causa do incêndio;

⦁ apesar do alarme de fogo ter disparado, este durou horas sem que tivesse sido percebido, por não estar ligado aos bombeiros ou empresa de segurança, e também por o edifício se encontrar sediado em zona isolada.

Realça-se que esta unidade de saúde, inaugurada há cerca de dois anos, dista do centro da povoação cerca de quatro quilómetros, com os decorrentes constrangimentos de acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde.

A isto acrescem erros estruturais na conceção do edifício que poderiam ter sido evitados se os contributos dos profissionais de saúde não tivessem sido ignorados por parte de quem o planeou:

⦁ elevador subdimensionado onde cabe não mais que uma cadeira de rodas;

⦁ circuito de material contaminado mal planeado que obriga a que este percorra corredores com consultórios e salas de espera para ser vazado nos contentores apropriados;

⦁ escadaria de acesso ao segundo piso do edifício que, pela sua dimensão e desenho se constitui como uma barreira física aos doentes e deficientes motores;