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Europa, solidariedade e democracia

As soluções nacionais para uma crise global tiveram um triste epílogo na II Guerra Mundial. Hoje é fundamental que o combate à crise se processe à escala europeia, com outra capacidade para domar os mercados financeiros desregulados, as offshores e as multinacionais, como a Goldman Sachs, que tentam governar países pela porta do cavalo.

Mas, para ser mais forte, a Europa precisa de ser mais solidária e precisa, sobretudo, de um sistema monetário verdadeiramente solidário que permita a emissão de obrigações europeias. Precisa de um presidente da Comissão e do Conselho eleitos diretamente pelo povo e não figuras insonsas, escolhidas para não ofuscar os egos de certos chefes de estado. É fundamental que em 2013 as soluções europeístas ganhem decisivamente terreno às soluções de austeridade, à ditadura dos mercados, ao populismo e à xenofobia.

As Beiras, 10 de Janeiro de 2012